quarta-feira, 28 de maio de 2008

Se Eu Fosse Uma Árvore


Se eu fosse uma árvore era um castanheiro, com muitas castanhas onde os adultos iam tirar as minhas castanhas.
Eu era muito persistente e com muitas folhas para me disfarçar de arbusto para que os homens da lenha não me cortassem e é giro brincar com esses homens às escondidas.
Eu vivo na floresta, onde há muitos animais como as raposas, lobos, coelhos, esquilos, toupeiras e outros animais que não me atacam, defendem-me à noite e à tarde, mas de dia não me atacam por isso eu estou à vontade a brincar.
Eu transformo o ar poluído em ar bom para as pessoas respirarem. Eu faço isso a toda a hora, porque sem árvores não há Mundo. Eu sou muito forte nessas coisas para haver pessoas neste mundo. Acho mal os adolescentes partirem os troncos das outras árvores e arrancarem as folhas é porque o Inverno já chega para as árvores se constiparem.
Os meus amigos eram todas as árvores da minha zona da floresta. Todas querem ser da minha equipa. Os meus inimigos são o vento, a chuva e os trovões. Se fizerem uma equipa não há árvores e mundo.
Eu faço muitas coisas com as minhas amigas árvores.
Um dia uns homens levaram-me para um sítio que não conhecia e cortaram-me para fazer lenha e fui para uma casa de um agricultor e ele plantou-me por estaca e eu vivi com o agricultor e disse-me que se chamava Diogo, o agricultor.
Alexandre

Contador de Histórias


(Ilustração da Sara Pires - Conto da Ovelha)

Na sexta-feira, fomos até à biblioteca, da nossa escola, assistir a uma sessão de contos. Foi lá o contador de histórias, Jorge Serafim. Ele contou-nos quatro histórias diferentes. Foi muito engraçado, porque ele só nos fazia rir.


(Ilustração do Bruno - Conto dos animais quer queriam comer a lua)

Sábios Como Camelos -II


A actividade dividiu-se em três partes. Numa preparámos as coisas, depois fizemos de mensageiros e depois contámos a história.
Eu gostei mais da parte dos mensageiros, porque tínhamos de mostrar os desenhos e fazer perguntas para eles tentarem adivinhar o título da história.
Na quinta-feira eles tiveram de tentar adivinhas a história, escrevendo um texto do que eles achavam das imagens que nós mostrámos.
Na sexta-feira, fomos lá de novo, eles tinham de dizer à nossa professora qual era o título que eles achavam. A Carlota, da turma da professora Vera, como viu o título disse que era
e ela tinha adivinhado.
Nesse dia contámos a história e eles fizeram um trabalho sobre a história.
Rui

Sábios Como Camelos - I


Eu e a minha turma fizemos uma actividade com o 2.º ano.
Primeiro a nossa professora contou-nos uma história.
A história era que um grão-vizir gostava muito de ler.
Uma vez estava em viagem e levou os seus 400 camelos, por ordem alfabética.
O primeiro camelo chamava-se Aba, o segundo chamava-se Bahal e até ao último camelo, o Zuzá.
Assim, cada vez que queria um livro mandava parar a cáfila.
Uma noite veio uma grande tempestade, as dunas pareciam mexer.
A areia era tanta que entrava dentro do corpo.
Quando a tempestade de areia acabou passados alguns dias ele chega ao seu palácio.
Muito triste quem é que lhe ia contar histórias?!
Os camelos não tinham morrido, quase a morrer à fome, começaram a comer os livros.
Andaram às voltas, às voltas.
Passados 398 dias conseguiram chegar ao palácio e já tinham comido os livros.
A chorar, o que tomava conta dos camelos explicou tudo, mas o grão-vizir não se comoveu. Ele disse que por cada livro comido ia passar um dia na prisão.
Ia ficar preso 440 anos, muito antes disso iria morrer de velhice.
Um camelo aproximou-se e disse que ele é que lhes tinha salvo a vida.
Todos muito admirados, como é que o camelo falava?!
O pedido do camelo foi feito.
Assim, cada vez que o grão-vizir quisesse ouvir histórias, os camelos contavam-lhe.


Para a actividade, primeiro preparámos os materiais para ir mostrar ao 2.º ano. Fomos lá mostrar imagens sobre a história. Os do 2.º ano deram muitas opiniões sobre o que achavam. Depois, no dia 29 de Fevereiro, fomos lá contar a história.

Eu gostei muito.
Ana Beatriz

Há Fogo Na Floresta - V


No quinto capítulo, o vento apareceu e soprando devagarinho empurrou as folhas, rentinho ao fogo, continuando a voar queimando as árvores.
O pica-pau gritava desesperadamente:
- Há fogo, há fogo! – Para alertar os seus amigos.
Os seus amigos ouvindo as aflições do pica-pau desataram a correr e a gritar:
- Há fogo, há fogo!
O ouriço, ouvindo as aflições pensava que era um sonho mau, mas quando acordou eram os mesmos gritos e quando acordou, e o queimado começou a chegar-lhe às narinas, percebeu o perigo de morte. Muito assustado, foi a correr chamar os coelhos, mas as patas dele não permitiam correr mais rápido, como ele queria.
A mãe coelha ficou preocupada, com os seus filhotes, mas o ouriço disse que eles tinham ido visitar os túneis da casa da toupeira, só que a toupeira tinha saído com os meninos por uma das portas, mas faltava a Remexida.
A mãe disse que não saia sem a Remexida e os filhos disseram que não saíam sem a mãe. A mãe ia arriscar a sua pele pela Remexida e os filhos perguntaram pelo pai. Ele tinha ido à casa velha buscar as coisas. A mãe, chorava, chorava, mas no meio de tanta tristeza houve uma alegria. O pai tinha a Remexida, mas já não podiam voltar à floresta.
O pica-pau disse que ia procurar uma floresta e a Remexida perguntou-lhe se o iam voltar a ver. Ele disse que quando se instalasse dava notícias e assim iriam encontrar-se de novo.
- Mas pudemo-nos voltar a ver noutra floresta. Não posso ficar à espera que a floresta volte a ser o que era antes disto, porque uma floresta demora anos e anos a crescer, demora uma vida. – Disse o pica-pau.
Bruno e Gonçalo A.

Há Fogo Na Floresta - IV

Os Trabalhos da Vanessa


A Vanessa

A família da Vanessa

Carnaval


Sobre o Carnaval, achamos umas informações curiosas.
"Ensinam os livros e a memória de alguns povos que o Carnaval é uma época de folias que começa no Dia de Reis e vai até à Quaresma. Embora Carnaval, Carnaval sejam só os três dias gordos: domingo, segunda e terça-feira, que antecedem a Quarta-Feira de Cinzas.
Celebra-se com o Carnaval a entrada do ano, para que seja farto e feliz; ou a chegada da Primavera, símbolo do renascer da Natureza. As máscaras do Carnaval têm também na sua origem carácter religioso-espiritual " isto é, estavam ligadas ao culto dos mortos. Nos países ocidentais da Europa ainda é costume acabar os festejos carnavalescos com o "enterro do Carnaval", cerimónia a que se chamava na antiga Veneza o "enterro de Baco".
Em tempos idos, o Carnaval em Portugal era celebrado, pelo menos nas cidades de Lisboa e do Porto, um tanto à bruta: voavam ovos, sacos de farinha e areia e penicos recheados eram despejados sobre os mais distraídos."

Há Fogo na Floresta - III


No terceiro capítulo os coelhos quando se aproximaram da sua casa nova ficaram encantados. A árvore era muito grande, os ramos cheios de folhas verdes e muito brilhantes, também havia um espaço com um recanto para as crianças brincarem às escondidas.
Nos primeiros minutos, estavam tão contentes que não tinham palavras para descrever o que sentiam.
A Remexida desatou logo aos pulos, mas o Orelhudo ficou quieto a ver a toupeira, por isso, ele foi o primeiro a vê-la, a toupeira estava com os óculos pendurados no nariz, que era muito parecida com uma amiga da sua avó, que os tinha visitado na Páscoa e tinha levado ovos de chocolate para todos. Na dúvida aproximou-se, sorriu-lhe e perguntou:
- A senhora é Pascoalina?
- Não, eu sou a Natalina, porque nasci no Natal.
- Então a amiga da minha avó deve ter nascido na Páscoa. – disse o Pachorrento, em voz alta.
Depois o pica-pau também fez amizade com a Amarelita e com a Malhadinha, porque elas também gostavam muito de música. A Remexida e o Orelhudo estavam sempre a meter o nariz onde não eram chamados.
Tão contentes estavam com os seus novos amigos que até foi preciso os pais chamarem-nos para irem para a toca.
Como era a primeira vez que ela tinha um quarto só para ela, disse que ia enfeitar o seu quarto para dar sorte.
- A vossa toca fica mesmo por cima dos corredores da minha. Se alguma vez precisarem de ajuda basta chamar e eu escavo uma porta de comunicação.
Ana Rita

Viajar ao ar livre


O Carlos e a Joana queriam voar de avião, mas não podiam, porque não tinham dinheiro. De helicóptero também não, de avioneta não, de tapetes voadores não, porque não existem, de carros mágicos, também não.
Eles foram para casa porque não tinham maneira de voar.
À noite, quando o pai chegou, os filhos disseram:
- Pai sabes uma maneira de voar?
- Vão para a cama e amanhã digo-vos a maneira.
No dia seguinte, o Carlos e a Joana gritaram:
- Pai, Pai! A maneira?!
O pai disse:
- De balão.
- Boa, boa pai! Faz-nos o balão!?
Quando o balão estava feito, o Carlos e a Joana viajaram.
Alexandre

O Boneco de Neve


Um dia eu estava com os meus pais, mas não tinha ninguém, da minha idade, para brincar e resolvi fazer um boneco de neve. Fui-me afastando, afastando e quando me apercebi que estava perdida já estava muito distante. Fiquei preocupada, não sabia o que havia de fazer e comecei a fazer um boneco de neve. Como lhe achei piada resolvi dar-lhe o nome de Nevão e como estava com sono adormeci ao pé dele.
No dia seguinte, não tinha nada para fazer, até que oiço uma voz a dizer-me:
- Olá.
Eu perguntei quem estava ali e disseram:
- Sou eu, o Nevão.
Ao saber que desde que o fiz não estive sozinha fiquei muito feliz.
Passados alguns dias vi um casal muito triste e fui lá ver quem eram. Disse ao Nevão para ficar onde estava e fui ver quem era o casal. Quando vi que eram os meus pais dei-lhes um grande abraço, mas para o Nevão não ficar sozinho fiz uma boneca de neve girinha e ele ficou com ela para sempre e fui com os meus pais, mas fiquei sempre ao lado deles, nunca mais me perdi.
Inês

Outros Povos Outras Culturas

Como é bom Portugal

Olá amigos do Brasil! Cheguei a Portugal e fui bem recebido, na escola, pelos meus colegas. Eles ajudam-me muito e até já estou no 3.º ano. Sobre a minha casa, ela é perto da minha escola. A casa é amarela, azul e laranja.
A minha escola é muito bonita, tem pinheiros, árvores, e um escorrega. Tem um bar para os alunos e professores almoçarem. A minha sala é branca. Aqui eu sinto-me muito bem.
A minha professora chama-se Paula é uma professora muito boa, quando nós somos, também, bons para ela. Já aprendi muitas coisas com ela.
Gabriel

A chegada do Gabriel

Há um ano atrás, recebi na minha escola, e na minha turma, um menino chamado Gabriel. Este menino é brasileiro. Nasceu à nove anos atrás no Brasil.
Todos da turma recebemo-lo bem. Recebemo-lo bem. Achamos graça à maneira como fala, pois fala o Português, mas cim a pronúncia do seu país.
Embora o Gabriel goste do nosso país, continua a ter saudades do Brasil. Ele diz-nos que no Brasil está sempre calor, que a praia é muito linda.
O Gabriel teve de vir para Portugal porque os pais, no Brasil, não tinham boas condições de trabalho, daí a terem de vir para Portugal.
Para nós, alunos da EBI da Charneca de Caparica, da turma 3.º B, com a professora Paula, deixa-nos muitos felizes, pois ganhámos um colega novo a quem estamos a ensinar a nossa cultura e a aprender a cultura brasileira.
Leonor

Eu sou especial


Eu sou especial para os meus pais, porque sou tolerante para eles, não sou mal educado, sou amigo, não ando à batatada e sou querido.
Foram os meus pais que me ensinaram tudo isto!
Eles compraram uma casa e eu vivo nessa casa há oito anos, vai fazer no dia 20 de Março. Essa casa fica na Charneca de Caparica.
O meu irmão mais velho chama-me Felix, o do meio chama-me Migas.
Carlos

Há Fogo na Floresta - II


Neste capítulo ouvi que os habitantes daquela árvore eram a toupeira, as abelhas, as formigas, o pica-pau e o ouriço-cacheiro.
Eles reuniram-se todos por causa dos vizinhos novos que eram os coelhos. A toupeira não queria que os coelhos fossem para lá fazer barulho e serem malcriados para as pessoas. O ouriço-cacheiro já queria, porque achava que eles eram bons. As abelhas tinham a opinião mais correcta, era se eles fossem estragar flores à toa não os aceitavam da melhor maneira, mas se eles tratassem as pessoas bem, elas aceitavam. As formigas também queriam que os coelhos fossem para lá, para haver mais migalhas para elas comerem e por fim o pica-pau, também queria que eles fossem para verem os concertos que ele fazia e se calhar até iria fazer uma banda com toda a floresta.
Filipe

Há Fogo na Floresta - I


A mãe coelha estava muito cansada. O pai coelho disse rindo-se:
- Foste tu quem teve a ideia!
- O que foi? – perguntaram os cinco filhotes – Por que a mãe não se pode queixar?
- Não foi nada – disseram os pais com um sorriso especial!
- Digam lá, por favor!?
- Está bem. Amanhã têm uma surpresa.
- Não pode ser hoje à noite?!
Os filhotes quando os pais tinham segredos, ficavam ainda mais curiosos.
- Não – disse o pai coelho. – Vão todos para a cama, que amanhã logo falamos.
No dia seguinte, o pai disse para todos ouvirem:
- Vamos mudar de casa!
Os filhotes ficaram todos contentes pela surpresa, pois irão viver numa toca numa nova árvore.
Alexandre

Os Espertalhões


Quem somos nós? Bem, nós somos:
Alexandre;
Ana Rita;
Ana Beatriz;
Bruno;
Carlos;
Diogo A.;
Diogo H.;
Filipe;
Gabriel;
Gonçalo A.;
Gonçalo B.;
Inês;
João C.;
João P.;
Leonor;
Maria;
Miguel;
Rafaela;
Rui;
Sara C.;
Sara P.;
Vanessa.
A nossa professora chama-se Paula e é super radical.

O Aniversário do Meu Pai


O meu pai faz anos dia 30 de Janeiro de 08.
Se mudar o ano, por exemplo, continua a fazer na mesma.
É ele que compra tudo para mim e para o meu irmão. É ele quem dorme mais.
Os bolos de anos são alguns bolos muito especiais. O do meu pai vai ser um daqueles especiais, vou gostar muito do bolo porque é especial.
Vem a minha família principal, vai ser preciso muitas coisas para comer, porque eu tenho dois primos que vêm e são muito comilões.
À noite, está na hora de jantar muita coisa, depois a sobremesa, também é deliciosa e, por último, o bolo de aniversário para todas as pessoas.
Alexandre

Corta-Mato


O corta-mato foi no Parque das Quintinhas, que é ali perto da minha escola. O sexto ano e o quinto são do segundo ciclo.
O sétimo, o oitavo e o nono são do terceiro ciclo.
A minha irmã é do nono ano e ficou em primeiro lugar, como no ano passado, em que ela, também ficou em primeiro lugar.
Eu vi os meus pais a correr e achei muito engraçado. A minha turma e eu vimos o infantário a correr e pensávamos que era o primeiro ano que estava a correr.
Nós, da minha turma vimos que o primeiro ano teve de passar pelos arcos e tinham que saltar por cima das fitas. O segundo ano fez o mesmo percurso que o primeiro ano.
A escola nova também participou no corta-mato. Quando fomos nós, as raparigas ficámos todas nervosas. A meio do caminho a minha amiga Leonor ficou sem ar, e eu parei um pouco para saber se ela estava bem, mas depois continuei e vi que a Patrícia do 3.º A tinha caído no chão. A minha mãe viu-a cair no chão e apanhou-a para ninguém cair em cima dela, mas eu quando tinha passado por ela, a minha mãe já a tinha apanhado do chão e assim continuei o caminho e cheguei em quinto lugar.
Depois a Patrícia do 3.º A foi para a ambulância. Quando foi a vez dos rapazes não aconteceu nada, o Rui também ficou em quinto lugar.
O segundo e terceiro ciclos correram rapazes com raparigas, mas o primeiro ciclo não foi assim. As raparigas correram primeiro e depois é que foram os rapazes.
(Rafaela)

Experiência cultural VII

Antes de nos despedirmos dos professores, que nesta semana nos ensinaram muitas coisas sobre França, ofereceram-nos um diploma e uma pen, para não nos esquecermos desta experiência cultural.

Esta experiência cultural fez-nos ver o quanto estamos Unidos na nossa Diversidade.

Hino da Alegria
Escuta irmão a canção da alegria
O canto alegre de quem espera um novo dia.
Vem canta, sonha cantando
Vive sonhando um novo sol
Em que os homens
Voltarão a ser irmãos.
Se em caminho só encontras a tristeza
O canto amargo de uma solidão completa.
Vem canta, sonha cantanho
Vive sonhando um novo sol
Em que os homens
Voltarão a ser irmãos.

Experiência Cultural VI

No último dia em que os professores Benôit e Veronique estiveram na nossa sala, eles deram-nos um questionário com várias perguntas sobre a França e a União Europeia. Para respondermos a tudo, fomos ao centro de recursos, para a sala de informática, e estivemos a pesquisar na Internet todas as informações.










Experiência Cultural V

Já que os professores franceses nos deram a conhecer um importante escritor francês, nós demos-lhes a conhecer o ilustre poeta nacional, Luís Vaz de Camões. Fizemos um friso cronológico, com as principais datas e acontecimentos da vida do poeta, que depois ilustrámos com uma banda desenhada.







Para ficarem a conhecer um pouco da poesia de Luís de Camões, deixamos um vídeo que encontrámos na Internet. Este vídeo, com música de Dulce Pontes, apresenta-nos o poema "Amor É Fogo Que Arde Sem Se Ver". Clica aqui!
Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

Experiência cultural IV

Num dia fizemos uma actividade muito engraçada. Os professores Benôit e Veronique contaram-nos uma fábula de La Fontaine, em francês e depois a professora Paula, contou em portguês e a professora Carla mostrou-nos o vídeo.
La Fontaine era um escritor francês que escrevia fábulas, que são pequenos textos, onde as personagens são animais que têm características humanas, com a capacidade de falarem e, todas as fábulas, transmitem uma lição.



“O Corvo e a Raposa”
“Le Corbeau et le Renard”
O senhor corvo, numa árvore empoleirado
Maître corbeau, sur un arbre perché,
Segurava no seu bico um queijo.
Tenait en son bec un fromage.
A senhora raposa, pelo odor atraída,
Maître renard par l'odeur alléché ,
Dirigiu-se-lhe mais ou menos com estas palavras:
Lui tint à peu près ce langage :
-Olá! Bom-dia, senhor corvo,
-Et bonjour Monsieur du Corbeau.
Como sois bonito! Como me pareceis belo!
Que vous êtes joli! que vous me semblez beau!
Sem mentir, se o vosso gorjeio
Sans mentir, si votre ramage
For semelhante à vossa plumagem,
Se rapporte à votre plumage,
Vós sois a fénix dos habitantes destes bosques.
Vous êtes le phénix des hôtes de ces bois.
Com estas palavras o corvo não cabe em si de contente;
A ces mots le corbeau ne se sent pas de joie;
E para mostrar a sua bela voz,
Et pour montrer sa belle voix,
Ele abre o grande bico e deixa cair a sua presa.
Il ouvre un large bec laisse tomber sa proie.
A raposa apodera-se dela e diz: "Meu bom senhor,
Le renard s'en saisit et dit: "Mon bon Monsieur,
Aprendei que todo o bajulador
Apprenez que tout flatteur
Vive às custas daquele que o escuta:
Vit aux dépens de celui qui l'écoute:
Esta lição vale bem um queijo, sem dúvida."
Cette leçon vaut bien un fromage sans doute."
O corvo, envergonhado e confuso,
Le corbeau honteux et confus
Jurou, mas um pouco tarde, que não o apanhariam mais.
Jura mais un peu tard , qu'on ne l'y prendrait plus.
(Se quiseres ver o vídeo desta fábula, clica aqui)