quarta-feira, 28 de maio de 2008

Há Fogo Na Floresta - V


No quinto capítulo, o vento apareceu e soprando devagarinho empurrou as folhas, rentinho ao fogo, continuando a voar queimando as árvores.
O pica-pau gritava desesperadamente:
- Há fogo, há fogo! – Para alertar os seus amigos.
Os seus amigos ouvindo as aflições do pica-pau desataram a correr e a gritar:
- Há fogo, há fogo!
O ouriço, ouvindo as aflições pensava que era um sonho mau, mas quando acordou eram os mesmos gritos e quando acordou, e o queimado começou a chegar-lhe às narinas, percebeu o perigo de morte. Muito assustado, foi a correr chamar os coelhos, mas as patas dele não permitiam correr mais rápido, como ele queria.
A mãe coelha ficou preocupada, com os seus filhotes, mas o ouriço disse que eles tinham ido visitar os túneis da casa da toupeira, só que a toupeira tinha saído com os meninos por uma das portas, mas faltava a Remexida.
A mãe disse que não saia sem a Remexida e os filhos disseram que não saíam sem a mãe. A mãe ia arriscar a sua pele pela Remexida e os filhos perguntaram pelo pai. Ele tinha ido à casa velha buscar as coisas. A mãe, chorava, chorava, mas no meio de tanta tristeza houve uma alegria. O pai tinha a Remexida, mas já não podiam voltar à floresta.
O pica-pau disse que ia procurar uma floresta e a Remexida perguntou-lhe se o iam voltar a ver. Ele disse que quando se instalasse dava notícias e assim iriam encontrar-se de novo.
- Mas pudemo-nos voltar a ver noutra floresta. Não posso ficar à espera que a floresta volte a ser o que era antes disto, porque uma floresta demora anos e anos a crescer, demora uma vida. – Disse o pica-pau.
Bruno e Gonçalo A.

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